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YouTube: Como o público tem usado esta rede social?

Continuando um dos assuntos que mais comentamos aqui no blog da Academy, no post de hoje, falaremos mais uma vez sobre comportamento do público. Desta vez, focamos no YouTube, canal que cresceu bastante durante a pandemia. Afinal, a rede já era o segundo maior buscador do mundo, atrás apenas do próprio Google, e com todos em casa, passou a ser ainda mais usado. E como já mencionamos diversas vezes aqui no blog, entender como o público se comporta é essencial para se comunicar melhor com ele.

Então, entenda como as pessoas têm usado o YouTube durante a quarentena. Você vai perceber que a maioria dos comportamentos já existia, sendo apenas ampliados por conta do maior tempo em casa.

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O YouTube como fonte de aprendizado

Segundo o próprio Google, desde o dia 13 de março de 2020, houve um aumento de 120% no volume de buscas sobre educação em casa. Isso faz bastante sentido, pois a quarentena obrigou todo mundo a experimentar a educação a distância. Sendo assim, o YouTube se mostra uma ferramenta crucial para quem quer aprender.

Canais oferecem aulas diárias, tutoriais de matemática e outras matérias com os quais os alunos podem ter faculdade. Até mesmo os professores podem aproveitar o YouTube, para aprender o planejamento das aulas.

Contudo, o YouTube não fica apenas no aprendizado mais formal, apesar de ser ótimo também para isso. Uma notícia recente é de um canal, em inglês, de um homem que cresceu sem o pai. Agora, como adulto e já pai, ele criou um canal “Dad, How do I”, ou “Pai, Como eu”. Lá, ele dá dicas de atividades básicas do dia a dia, para pessoas que precisam.

Além da história do canal ser bem legal, surpreende o número de pessoas que precisa dessas dicas. O canal já tem quase 2,5 milhões de inscritos e seu primeiro vídeo, como dar um nó em uma gravata, tem mais de 800 mil visualizações.

Mas, o que isso significa para sua marca? Se as pessoas cada vez mais procuram o YouTube para aprender, o que você pode ensinar para o seu público, de modo a falar com autoridade? Por mais que pareça óbvio para você, existe muita gente que quer aprender como dar o nó em uma gravata.

Os dados do YouTube também corroboram esta tendência. O tempo de visualização global de vídeos com “como fazer” e “em casa” aumentaram 50%.

Aprendendo novas habilidades

Além de aprender na escola e a fazer coisas básicas, o YouTube também tem sido muito usado para pessoas que buscam adquirir habilidades novas. Pesquisas com “como fazer”, “para iniciantes” e “passo a passo” também cresceram. Por exemplo, habilidades mais clássicas do tipo, como tocar o violão, são mais procuradas, assim como o aprendizado de línguas estrangeiras. Ou seja, o público aproveita o tempo para aprender.

Uma das tendências mais interessantes do YouTube, que começou no ano passado e continua hoje, é o estude comigo. Nela, os criadores de conteúdo postam vídeos deles estudando, sem ensinar ou nem mesmo falar nada. A ideia é fazer companhia para quem está estudando em casa sozinho, além de ajudar na motivação e na disciplina. 

Novamente, pode parecer algo bobo, mas o volume de procura é enorme e vem crescendo. Ainda mais que é uma campanha que se encaixa perfeitamente no contexto do isolamento. O #fiqueemcasacomigo mostra a força deste tipo de conteúdo. Se você é uma marca que tem estudantes como público alvo, será que não vale a pena investir neste tipo de conteúdo? 

Redução de estresse e treino em casa

Convenhamos, que vivemos em um momento bem estressante. As incertezas do coronavírus, as mudanças na economia e a falta de estabilidade política são alguns dos motivos. Isso sem falar no estresse de trabalhar em casa trancado com a família durante alguns meses. Não é a toa que vídeos para redução de estresse têm explodido no YouTube.

Existem diversas frentes para isso, como Yoga e meditação. Além disso, muitas pessoas estão conhecendo o ASMR, sigla para Autonomous-Sensory Meridian Response. Neste ano, a procura por vídeos desse tipo aumentaram 35%.

Por outro lado, há quem recorra para os exercícios físicos de modo a reduzir o estresse e se manter em forma. Esta já é uma comunidade bem forte no YouTube, que tem ficado ainda mais ativa durante o período de isolamento social. Pesquisas de “treino em casa” aumentaram 55% em relação ao período anterior.

O que isso tudo significa para o futuro?

Existem diversos outros exemplos de usos do YouTube, como para aprender a fazer refeições rápidas e saudáveis, para aprender a usar um produto ou ler uma review sobre ele, e inúmeros outros.

Independente de qual uso, para o futuro em um mundo pós-quarentena, estes comportamentos trazem ramificações muito interessantes. É um ponto que percebemos em comum com todos os comportamentos e que já mencionamos em posts anteriores. Assim como para o aumento do home office, a quarentena acelerou tendências que já existiam.

Todos os comportamentos acima já existiam muito antes do coronavírus. Porém, agora apenas se tornam mais comuns. Além disso, quem experimentou antes está mais propenso a praticar no futuro. Com os aumentos nas pesquisas, muitas pessoas estão recorrendo ao YouTube, algo que não necessariamente faziam. Ou seja, a partir de agora, eles percebem que essa mídia pode trazer respostas para grande parte de suas perguntas, se não todas.

E as marcas, como ficam?

Logo, para as marcas, o YouTube apresenta inúmeras oportunidades. Imagine, por exemplo, que você tem um estúdio de Yoga, um dos temas que cresceram durante a quarentena. Fazer vídeos com os primeiros passos para praticar em casa é uma excelente forma de conquistar alunos. Uma vez que ele se apaixone, você pode convidá-lo a fazer uma aula teste, por exemplo.

Inspirado no “Dad, How do I”, lojas de material de construção podem fazer vídeos tutoriais de ferramentas mais básicas. Além disso, pode ajudar a consertar alguns dos problemas mais comuns a serem encontrados em casa. 

Essa é a estratégia básica do marketing de conteúdo, ajudar a responder perguntas das personas, de modo a construir uma relação e reforçar sua autoridade. A diferença é que, agora, o público tem cada vez mais perguntas.
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